sábado, 19 de julho de 2014

O Amor TRAZ a Morte

Se o tempo e a morte se encontrassem
Todos iriam assistir
Para com os mistérios da morte se encantar
E a grandeza do tempo aplaudir

Para este encontro anfintriar
Tem que ser alguém com fidalguia
Em passos mansos a andar
Aproximou-se a Sabedoria

Esse encontro inesperado
A humanidade parararia
E assim aconteceu
Na mente da poetiza

O tempo cabisbaixo seguia
Cheio de gloria desonra
Condenado pelo próprio destino
De  devorar sua própria cria

A Morte como fugitiva corria
Prisioneira da sua vida
A humanidade queria despi-la

Pois só vendo a Morte nua
Aos seus segredos conheceria
Mas um grande problema teriam
Com a senhora sabedoria

Quero revelar-te o segredo
Do porque desse encontro
Mas antes tenho um desejo
Antes que coloques o ponto

A história tu vai contar
Com a graça do rimar
Ponha o doce da poesia
Falou a Sabedoria

O Tempo e a Morte se amam
Mas são condenados nessa trama
Pela vida e seu menino
Um ajudante chamado destino

A Morte dá a luz aos filhos do Tempo
E vê seu pai os devorar
A morte enfurecida fica
E procura uma saída

Ao tomar essa medida
Resumida a amar e destruí
A cada humano que põe fim
Um pouquinho do Tempo mata ali

Dentre is ilustres convidados
O Amor se faz notado
Para explicar o inexplicável
E pôr fim neste rimado.


Autoria: Carolyne Montes

domingo, 15 de junho de 2014

A ViDa em um RIScO

Estava com vontade de riscar algo.

Risquei com profundidade

Profundida de uma vida?

Não. De uma Parto.

Parto agora para o outro lado.

O lado que tinha riscado, era certo.

Certo que fiquei na dúvida.

Duvida?

Risquei.

Risquei com profundidade a linha.

A Linha que fica entre a mão e a articulação.

A linha que faz pulsar a vida e o Coração.

Sem saber se descobrirão.

A VIDA em Risco pus fim.
Autoria: Carolyne Montes

quarta-feira, 2 de abril de 2014

ParAdgma

Sua mãe lhe disse:

Tatuado é marginal

Mãe solteira é puta

Negro é sujo

Gay tem Aids

Mulher de verdade

É mulher Amélia

Roupa curta?

Coisa de mulher indecente

Prostituição

Mal-casada

Cheia de vontaades...

João Bravo a matou

Na faca

Num gozo súbito

Morreu

Nos braços

De um Negão

Alto

Que morava ao lado

Chamado desejo

Autoria: Carolyne Montes

quarta-feira, 19 de março de 2014

Amor


Pela caixinha eu chegava

Sempre alguém me  esperava

Com selos e beijos

Despertava desejos.

Tempos passaram...

E pelo muro me encontravam

Ela de um lado

Ele do outro

A distancia que me aumentava

Em calor se transformava

Muitos a mim conhecia

Por uma caixinha de telofônia

Fui me disseminando

E numa rede virtual

Muitos acabaram me encontrando

Atravessei oceanos

E fiz pessoas distantes

Fazerem planos

Hoje, alguns duvidam se existo

Mas deveriam duvidar mesmo

De sua existência

Já que por vocês eu fui criado

De vocês eu sou servo,

Mas não tenho culpa se vocês

Gostam de ser escravos

Autoria:Carolyne Monte
Dedicatória: Regina Navarro

sábado, 15 de março de 2014

RESILIÊNCIA

País Lindo
País Vivo!
Que da crise
Faz a cria

Não importa a idade
É a dificuldade
Que asas dá
A criatividade

Da falta de sal
Come, come camarão
Desigualdade fatal
Cata, cata papelão

O artista do sinal
Quer saber o que é moral
Conhece a indignação
E a humilhação
Procura a Alucinação.

Todo dia noite tem
Junto com ela a escuridão vem
Mas você pode escolher
No brilho da Lua se inspirar
Ou pela partida do Sol Chorar

Autoria: Carolyne Montes

sexta-feira, 7 de março de 2014

MEdiTaÇão

Me conhecer como mulher, não,

Não é difícil.

Talvez os seus olhos não percebem bem.

Sou normal, cheia de falhas e acertos

Cheia de medo e devaneios

Amorosa e loucamente destemida

Muita vezes grossa mas vencida

Pelo carinho,respeito e bom trato.

Mulher sou eu, que mesmo com dor,

socorro aquele com um abraço.

Difícil não sou.

Mas os seus olhos me revelam

Quem me dera poder possuir!

Não, possuir não.

Posso deixar fruir

Um aquecimento de laço amigável

Um composto forte e saudável

Um desejo realizado.

Com permissão do Divino,

Com um abraço apertado.

Dar continuidade...

Ao sentimento que foi plantado.

O que nos resta é regar ,

Todo dia sem cessar...

Autoria: Claudia Monte

terça-feira, 4 de março de 2014

Ciclo da ViDa

Quando criança achava que era Rei

Triste Ilusão, força  de palavra não tinha

Vivia numa alegre Monarquia

Em que minha mãe era Rainha

Cresci, adolescente me tornei

Achei que era poderoso

Engano, tudo tinha que planejar com os irmãos

Mas um forte parlamentarismos éramos

O Executivo do pai depomos

E da mãe arrancamos um dinheirão

Agora adulto sou, ninguém mais me manda

Só o chefe, a cultura, a lei, a sociedade e a Vanda

Vivo nessa democracia

Mas de tempo em tempo, quem dá as cartas muda

Porque tenho um presidente

E acesso a informação

Contra a manipulação

Pois não vivo em ditadura

Será?

Mas com isso não se preocupa


Por que quando eu ficar velho te conto

Autoria: Carolyne Montes
Inspirado: Nos Sistemas de Governo